EWG Guia do consumidor: Pesticidas nos alimentos

Quase 70% dos produtos vendidos nos EUA vêm com resíduos de pesticidas, de acordo com a análise do EWG dos dados de teste do Departamento de Agricultura do Guia do Comprador de 2019.

A notícia mais surpreendente dos testes do EUA revela que a couve está entre as frutas e verduras mais contaminadas. Mais de 92 por cento das amostras de couve tiveram dois ou mais resíduos de pesticidas detectados, e uma única amostra pode conter até 18 resíduos diferentes.

O pesticida mais frequentemente detectado, encontrado em quase 60% das amostras de couve, foi o Dacthal, ou DCPA – classificado pela Agência de Proteção Ambiental desde 1995 como um possível carcinógeno humano, e proibido para uso na Europa desde 2009.

No geral, foram encontrados 225 diferentes pesticidas e produtos de degradação de pesticidas em frutas e vegetais populares que os americanos comem todos os dias.

Antes do teste, todos os produtos eram lavados e descascados, assim como as pessoas preparavam a comida, o que mostra que a lavagem simples não remove todos os pesticidas.

Não era realizado teste à couve por quase uma década. Mas mesmo que sua popularidade como alimento rico em vitaminas e antioxidantes tenha aumentado, o nível e o número de resíduos de pesticidas encontrados na couve aumentou significativamente.

A análise da EWG coloca a couve em terceiro lugar na Dirty Dozen ™ deste ano, na classificação anual de frutas e vegetais com mais pesticidas.

Alimentos mais contaminados de 2019
Morangos
Espinafre
Couve
Nectarinas
Maçãs
Uvas
Pêssegos
Cerejas
Peras
Tomates
Aipo
Batatas

Cada um destes alimentos deu positivo para vários resíduos de pesticidas e continha concentrações mais elevadas de pesticidas do que outros produtos.

Principais conclusões:

Mais de 90% das amostras de morangos, maçãs, cerejas, espinafre, nectarinas e couve tiveram resultado positivo para resíduos de dois ou mais pesticidas.

Múltiplas amostras de couve mostraram 18 pesticidas diferentes.
As amostras de couve e espinafre tinham, em média, 1,1 a 1,8 vezes mais resíduos de pesticidas por peso do que qualquer outra cultura.

Diferentes frutas e vegetais podem ter níveis e número de pesticidas muito diferentes detectados na cultura. Todas as pesquisas concordam com os benefícios para a saúde de uma dieta que inclua frutas e legumes, e a ingestão de produtos frescos – orgânicos ou convencionais é essencial para a saúde.

O Guia do Comprador é um recurso projetado para ajudar a reduzir ao máximo a exposição a pesticidas, indicando quais produtos a comprar orgânicos e quais produtos convencionais que têm pouco resíduo de pesticidas.

EWG’S lista de alimentos com menos resíduos de pesticidas 2019

Abacates
Milho doce
Abacaxi
Ervilhas doces congeladas
Cebolas
Mamão
Beringelas
Espargos
kiwis
Couves branca
Couve-flor
Melões
Brócolos
Cogumelos
Meloa

Relativamente poucos pesticidas foram detectados nestes alimentos, e os testes encontraram baixas concentrações totais de resíduos de pesticidas.

Principais conclusões:

Abacates e milho doce eram os mais limpos. Menos de 1% das amostras mostraram quaisquer pesticidas detectáveis.
Mais de 70% das amostras de frutas e hortaliças da Clean Fifteen não tinham resíduos de pesticidas.
Com exceção do repolho, todos os outros produtos da Clean Fifteen deram positivo para menos de quatro pesticidas.
Vários resíduos de pesticidas são extremamente raros em Clean Fifteen vegetables. Apenas 6 por cento da Clean Fifteen frutas e vegetais tiveram dois ou mais pesticidas.

Fonte: Environmental Working Group

Frutas e Legumes: qual a diferença?

O tomate é um legume? E o cogumelo? E o tabaco?

As diferenças não são definidas pelo facto de as consumirmos durante ou após as refeições. A explicação é um pouco mais científica do que isso, mas não muito complexa: resumidamente, depende da parte da planta que é ingerida.

Uma grande parte das plantas cresce a partir de sementes produzidas no interior da planta, através do seu órgão, o ovário. Depois de desenvolvidos, a maioria destes transforma-se num fruto, servindo para proteger as sementes, onde se incluem limões, maçãs, melancias e até tomates. Ou seja, tecnicamente, tudo o que tem semente é um fruto, sendo a palavra legume usada para as outras partes comestíveis de uma planta, incluindo folhas (alface e tabaco), flores (brócolos), caules (aipo), tubérculos (batatas), bolbos (cebola) e raízes (beterraba).

Definição de fruto

Após a fecundação dos óvulos das plantas, o fruto se desenvolve devido aos hormônios vegetais- que mudam seus tecidos, consistências, cores, estrutura e sabores-, para proteger o embrião, no caso, as sementes até o momento de elas germinarem.

E ainda existem os fungos, onde se incluem os saborosos (e alguns venenosos) cogumelos.

Alimentos Geneticamente Modificados: seguros ou não?

Até à data, não se conseguiu atribuir nenhum efeito adverso na saúde humana devido às plantas GM (Council on Science and Public Health of the American Medical Association House of Delegates, 2012).

Organismos Geneticamente Modificados (OGM) OGM são organismos (plantas, animais, bactérias, etc.) que contêm genes modificados artificialmente com um determinado propósito, pela ação de cientistas.

Embora o uso de OGM seja muito antigo, este é do desconhecimento da comunidade geral. Um exemplo é o caso da insulina. Em 1982, nos Estados Unidos da América, foi autorizada a produção de insulina, para comercialização como medicamento para diabéticos, por bactérias GM. Estas foram transformadas pela inserção dos genes humanos envolvidos na síntese de insulina no pâncreas. Atualmente, este produto é de uso generalizado.

As grandes críticas relativamente ao uso dos OGM recaíram, sobretudo, nos alimentos GM. Em alguns casos, assentaram em crenças religiosas, mas a maioria assentou em preocupações relativas à saúde e também ao impacte ambiental. É de realçar que quando um alimento é obtido pela aplicação de tecnologia associada a transgénicos, não é considerado GM. Exemplos são o queijo obtido pelo uso de enzimas produzidas por bactérias GM, o aspartame produzido por bactérias GM, assim como os ovos, o leite ou a carne de animais com nutrição assente em alimentos compostos produzidos a partir de OGM

Apesar do consumo de alimentos GM se fazer há mais de duas décadas, o debate continua, porque, por um lado, uma vez instalados o medo e os receios na população, é muito difícil eliminá-los e, por outro, respostas absolutas são raras. De acordo com diversas publicações, é importante realçar que só se conseguem estabelecer os efeitos dos alimentos na saúde, quer sejam GM ou não, dentro de limites apertados. Os investigadores conseguem prever efeitos com base na informação disponível sobre a composição química do alimento, dados epidemiológicos, variabilidade genética das populações e estudos conduzidos em cobaias.

A maior preocupação associada às plantas e alimentos GM é poderem conter substâncias tóxicas e alergénios resultantes de alterações inesperadas, ou seja, alterações “secundárias” em processos metabólicos originalmente não visados no processo de transformação e melhoramento.

Assim, as controvérsias assentam no argumento de que são mais prováveis as alterações não intencionais no DNA das plantas quando novos elementos genéticos são inseridos por técnicas de biotecnologia, do que pelos métodos de melhoramento convencional. Ora, esta visão não passa de um mito e, para o provar, podem-se enumerar casos de plantas obtidas por melhoramento convencional contendo elevados níveis de compostos tóxicos. Um exemplo é o da variedade Lenape de batata. Esta foi obtida, em 1967, por cruzamento entre variedades com elevada produtividade e com resistência à sarna comum (Akeley et al., 1968). Verificou-se, após estar no mercado, que a sua ingestão causava náuseas, facto que foi atribuído aos níveis muito elevados de gli coalcalóides (solanina e chaconina), que, por sua vez, também a tornavam mais resistente a doenças. Em 1970, foi retirada do comércio.

A Organização Mundial de Saúde declarou que os alimentos GM, atualmente disponíveis no mercado internacional, não têm probabilidade de serem um risco para a saúde humana. Efetivamente, estes alimentos passaram os ensaios de avaliação de segurança (WHO, 2014).

Fonte: Eugénia de Andrade e Isabel Rodrigues . INIAV, I.P

Louça descartável de farelo de trigo

Chegou ao mercado português uma linha de loiça – louça descartável de base biológica feita a partir de farelo de trigo, desenvolvido e fabricado pela empresa polaca Biotrem.

Os produtos são distribuídos em Portugal pela Soditud.

A louça descartável totalmente biodegradável é produzida a partir do farelo de trigo comprimido – um subproduto comumente disponível no processo de moagem de cereais.

Uma tonelada de farelo de trigo pode ser transformada em até 10 mil pratos, tigelas ou copos.

A nova linha de produtos descartáveis feitos de farelo de trigo são uma «alternativa à maioria dos utensílios de mesa descartáveis feitos de plástico, papel e até mesmo alguns produtos de base biológica processados quimicamente, cuja produção e utilização têm uma pegada ambiental elevada», explica a Soditud.

«Os produtos são totalmente biodegradáveis através de compostagem em apenas 30 dias. Por comparação, um prato de plástico descartável precisa de mais de 500 anos para degradação», acrescenta. 

Fonte: Hipersuper (http://www.tecnoalimentar.pt/noticias/louca-descartavel-de-farelo-de-trigo-chega-ao-mercado-nacional/)

WHO – Food Safety: What you should know

1. What is food quality?

Quality includes positive and negative attributes that influence a product’s value to the consumer. Positive attributes that demonstrate good quality may be the origin, colour, flavour, texture and processing method of the food, while negative attributes may be visible spoilage, contamination with filth, discolouration, or bad odours or tastes. However not all unsafe foods may demonstrate bad quality, that is, unsafe food may appear to be of good quality, such as tainted meat disguised using bleach or strong spices. This distinction between safety and quality has implications for public policy and influences the nature and content of the food control system most suited to meet predetermined national objectives.

3. What is food safety?

Food safety refers to limiting the presence of those hazards whether chronic or acute, that may make food injurious to the health of the consumer. Food safety is about producing, handling, storing and preparing food in such a way as to prevent infection and contamination in the food production chain, and to help ensure that food quality and wholesomeness are maintained to promote good health.

4. How safe is organic or locally produced food?

Organic and locally produced foods may have environmental benefits such as using less pesticides or fertilizers. These foods, like others, can be exposed to harmful bacteria during the growing and harvesting process. It is important for farmers and distributors to use good sanitary practices to minimize food contamination. Consumers should always prepare and cook food properly, no matter where it is from.

9. What precautions should be taken while buying vegetables and fruits?

Most fresh vegetables and fruits retain their freshness for a short time under ideal conditions of storage and it is always better to buy vegetables in the morning or evening hours depending on harvesting pattern. When purchasing, select fresh vegetables and fruits which are firm, crisp, bright in colour, with no visible bruises or signs of decay and wilting. Be careful as some fruits and vegetables may be artificially coloured to give the illusion of freshness and quality. It is advisable to buy vegetables and fruits which are in season, as the quality is usually high and the price is low.

18. What can be done in the kitchen to reduce dietary intake of pesticides?

It is difficult to for a consumer to determine whether vegetables or fruits contain pesticide residues as often they do not have any noticeable smell, taste or visual defect. The following precautions can be taken to reduce dietary exposure to pesticide residue if agricultural products are sold in common market;

  • Thoroughly rinse and scrub fruits and vegetables. Peel them if appropriate.
  • Remove outer leaves of leafy vegetables, such as cauliflower, cabbage.
  • Trim fat from meat, poultry and fish; discard oils and fats in broths and drippings.
  • Throw back the big fish as the little ones have less time to take up and concentrate pesticides and other harmful residues.

23. How safe is food when cooked in microwave oven?

Bacteria will be destroyed during microwave cooking just as in other types of ovens, so food is safe cooked in a microwave oven, as long as it is heated to the necessary temperature (generally above 70 °C). However the food can cook less evenly than in a conventional oven. In other words, microwave ovens can cook unevenly and leave “cold spots” where harmful bacteria can survive. To promote uniform cooking, arrange food items evenly in a covered dish and add some liquid if needed.

In a microwave oven, the air in the oven is closer to room temperature so the temperature of the food surface is often cooler than food in a conventional oven where the food is heated by hot air.

32. What should be done in case of a power cut to a refrigerator for a long time?

Keep the door closed as much as possible to maintain internal temperature safe. Food within be safe as long as power is out no more than 4 hours (without opening the doors). Discard any perishable food (such as meat, poultry, fish, eggs, and leftovers) that has been above 5 °C for over 2 hours. Always discard any items in the refrigerator that have come into contact with raw meat juices.

36. How can we reduce the migration of chemicals from plastic into food?

All plastic is made from chemicals that have the potential to harm a person’s health. Proper use of plastic packaging lowers chemical migration. Following these simple tips will help to reduce the migration of chemicals from plastic into food;

  • Follow manufacturers’ instructions when using household plastics such as cling films and bags.
  • Follow recommendations for cleaning products to be used on containers, bottles and lids.
  • Use the correct type of plastic for the role, e.g. only use microwave-safe plastics in the microwave.
  • Do not let cling film touch the food during microwave cooking as it melts at a low temperature. In many cases, the film should be removed before cooking in a microwave.
  • Leave a corner of the dish uncovered to allow the steam to escape. This reduces the risk of the film being blown off and settling on to the food.
  • Re-use plastic containers that are food compatible, in the way the original food was presented. For example, you can freeze food in ice-cream containers but don’t heat them in the microwave – they were designed for use on cold food.

40. What is food adulteration?

Food adulteration is an unethical and often criminal malpractice which is unfortunately commonplace in countries of the South-East Asia region. It frequently occurs where informal food production and marketing services are predominant and enforcement of food regulation is weak. Adulteration of food is normally observed in its most crude form, where prohibited substances are either added or used to partly or wholly substitute healthy ingredients or to artificially create the impression of freshness in old food. Normally, intentionally adulterating food is done for financial gain. Among food items, spices, due to their inherent nature–great demand and high price become easy substances for gross adulteration. Other forms of adulteration happen due to carelessness and lack in proper hygienic conditions of processing, storage, transportation and marketing. This adulteration ultimately causes the consumer to be either cheated financially or worse as a victim of illness or disease. However, adequate precautions taken by consumers at the time of purchase of such products can allow them to avoid purchasing such adulterated food.

Some examples of food adulteration are as follows;

  • Whole spices: Dirt, dust, other seeds
  • Chili powder: Brick powder, salt powder or talc, powder
  • Ghee/butter: vegetable ghee, animal fat, mashed potato, sweet potato, etc.
  • Ice cream and beverages: Saccharin
  • Honey: Jaggery, sugar syrup

Some examples of artificial colourants are as follows; 

  • Sweets: Metanil yellow (a non-permitted coal tar colour)
  • Chili powder: Rhodamine B
  • Green chili, bitter gourd, green vegetables, green peas: Malachite green
  • Turmeric powder: Lead chromate

http://www.searo.who.int/entity/world_health_day/2015/whd-what-you-should-know/en/

LinkedIn
Share